O Caraguatá é uma planta daninha espinhosa e resistente, muito comum nas pastagens do Pantanal, dificultando o manejo do gado e reduzindo a qualidade do pasto. A boa notícia é que existe solução para eliminá-la, combinando controle químico e ajustes no manejo da fazenda. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
No quadro “Giro do Boi Responde”, o engenheiro agrônomo Március Gracco, da Intensifique Consultoria Agropecuária, explicou as melhores estratégias para acabar com essa praga.
A pergunta foi enviada por Joelso Costa, gerente da Fazenda Seriema, em Miranda (MS), que busca alternativas para controlar a infestação da planta na propriedade.
Como eliminar o Caraguatá?

Opções de controle químico:
Jato dirigido – Ideal para aplicações localizadas, em áreas menores. Pode ser feito com:
Glifosato (se usado de forma dirigida);
Fluroxipir com Triclopir – Opção mais eficiente, com maior seletividade para o capim.
Aplicação em área total – Para grandes infestações, utilizando:
Fluroxipir com Triclopir, que elimina o Caraguatá sem prejudicar o capim;
2,4-D combinado com Picloram, alternativa eficaz em algumas condições.
Dica importante: Sempre misturar um espalhante à calda, pois a planta tem superfície espinhosa e escorregadia, dificultando a absorção do herbicida.
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O segredo está no manejo
Além da aplicação de herbicidas, Gracco reforça que a presença do Caraguatá é um sinal de que há erros no manejo do pasto. Assim como a febre indica um problema no organismo, a invasão dessa planta revela desequilíbrios no solo e na pastagem.
Possíveis causas da infestação:
- Acidez e baixa fertilidade do solo – É fundamental corrigir a fertilidade e avaliar o pH do solo;
- Lotação acima da capacidade da fazenda – O excesso de animais pode enfraquecer o pasto e favorecer plantas invasoras;
- Altura errada de pastejo – Respeitar os limites de entrada e saída do gado no pasto ajuda a manter a pastagem saudável.
Controle integrado para resultados duradouros
Aplicar herbicida sem corrigir o manejo pode resultar no retorno do Caraguatá ano após ano. Por isso, além do controle químico, é essencial ajustar a adubação, a lotação e o manejo do pastejo para impedir que a planta volte a se espalhar.
Corrija o solo com análise e adubação adequada;
Ajuste a lotação do rebanho para evitar degradação da pastagem;
Monitore a altura do pasto e evite o superpastejo;
Faça aplicações de herbicida no momento certo, de preferência quando a planta ainda está pequena, para aumentar a eficiência do controle.
Conclusão
Combinando controle químico eficiente e boas práticas de manejo, é possível eliminar o Caraguatá e evitar sua reincidência na fazenda. O investimento na saúde do solo e da pastagem garante um pasto mais produtivo e um rebanho melhor alimentado.
O Caraguatá não precisa ser um problema sem solução. Com as estratégias certas, você pode recuperar suas pastagens e garantir um pasto limpo e produtivo o ano todo!
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