O período das águas é a grande oportunidade para acelerar o desempenho do rebanho e garantir maior rentabilidade na pecuária. Com a estratégia correta, é possível chegar ao confinamento com animais mais pesados e reduzir os custos da terminação, resultando em até R$ 300 a mais de lucro por cabeça. Assista ao vídeo abaixo e confira.
No Giro do Boi desta terça-feira, 4 de março, o professor Maurício Scoton, da Universidade do Agro, em Uberaba, revelou três dietas infalíveis para potencializar os ganhos durante o período chuvoso.
A seguir, confira como cada uma dessas receitas pode impactar o ganho de peso do gado e otimizar os custos de suplementação.
Estratégia nutricional: como turbinar o GMD nas águas?
O objetivo da suplementação estratégica é elevar o ganho médio diário (GMD) de 600g para 750g de novembro a julho. Com esse ajuste, o boi chega ao confinamento 40 kg mais pesado, o que gera uma economia de 26 diárias na terminação – a fase mais cara da engorda.
1⃣ Dieta 0,1% do peso vivo – Outubro a Fevereiro
Consumo: 0,1% do peso vivo (250g para um animal de 250 kg) Composição:
40% de milho 25% de DDG (grãos secos de destilaria) 20% de mineral 15% de sal branco (para controle de consumo)
Custo diário por animal: R$ 0,36
Foco na energia: Como a proteína do capim ainda está alta no início das águas, não há necessidade de ureia nesta fase. A prioridade é fornecer energia suficiente para acelerar o desenvolvimento do animal.
2⃣ Dieta 0,3% do peso vivo – Março e Abril
Consumo: 1 kg por cabeça/dia Composição: 68% de milho 20% de DDG 6% de mineral 4% de sal branco 2% de ureia
Custo diário por animal: R$ 1,29
Ajuste para a queda na qualidade do pasto: Nesta fase, a qualidade da forragem começa a diminuir, por isso a inclusão de ureia se torna necessária para equilibrar os níveis proteicos e manter o desempenho do gado.
Acompanhe todas as atualizações do site do Giro do Boi! Clique aqui e siga o Giro do Boi pela plataforma Google News. Ela te avisa quando tiver um conteúdo novo no portal. Acesse lá e fique sempre atualizado sobre tudo que você precisa saber sobre pecuária de corte!
3⃣ Dieta 0,5% do peso vivo – Maio e Junho
Consumo: 1,5 kg por cabeça/dia Composição: 74% de milho 15% de DDG 5% de mineral 3% de sal branco 3% de ureia
Custo diário por animal: R$ 1,94
Preparação para a seca: No final das águas e transição para a seca, a suplementação precisa ser reforçada. O uso de mais milho e ureia compensa a queda drástica na qualidade do pasto, garantindo bom desempenho até o confinamento.
O impacto financeiro: vale a pena investir?
Custo total da suplementação: R$ 236 por animal Economia com 26 diárias a menos no confinamento: R$ 481 Ganho líquido adicional: R$ 320 por boi
Conclusão: O investimento na suplementação gera um retorno financeiro positivo, pois reduz o tempo de confinamento e melhora a eficiência alimentar do gado.
Pastagem bem manejada: o segredo do sucesso
Pastagem bem manejada não é luxo, é prioridade! O professor Maurício Scoton reforça que o capim é a base da engorda e que a suplementação só será eficaz se a forragem estiver bem manejada.
Faça correta adubação e rotação de pastagem. Evite superlotação, pois isso compromete o crescimento da forragem. Controle o momento do pastejo para garantir que o gado consuma capim com maior valor nutricional.
Estratégias testadas e eficazes
As três dietas apresentadas são estratégias testadas e eficazes para garantir maior produtividade e rentabilidade no período das águas.
Com planejamento nutricional adequado, é possível reduzir custos na terminação e garantir um lucro extra por animal.
A chave do sucesso é combinar manejo eficiente de pastagens com suplementação estratégica. Assim, o pecuarista consegue aproveitar o melhor das águas e chegar na seca com um rebanho saudável, produtivo e pronto para gerar mais lucro.
News Giro do Boi no Zap!
Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi 2.
